quinta-feira, setembro 09, 2004

Cap. VII - A Fuga da Noiva (Parte II)

Lá estava ela. Suja, cansada, vestido rasgado e suor escorrendo pelo rosto. O que ela faria agora? O pai iria buscá-la onde estivesse. Por um momento, chegou a pensar que havia cometido um erro. mas, ao lembrar que estava vestida de noiva, viu que situação pior seria ter se casado com um homem que ela mal conhecia, mas que seu pai havia escolhido para separa-la de Cristo.
A sua corrida havia se tornado um caminhar; esse caminhar, por sua vez, já estava se tornando um arrastar. Ela precisava parar. Nisso, a provisão de deus se demonstrou mais uma vez: quando levantou os olhos, viu uma pequena vila no meio da floresta. saindo de uma das humildes casas, uma antiga amiga da sua mãe. Ela reconheceu a menina e foi ao seu auxílio.
Ela levou a garota para dentro da sua casa, lhe deu roupas novas e algo para comer e beber. Ela contou à amiga tudo oq eu seu pai havia feito desde a morte da sua mãe para mantê-la longe da igreja. A amiga lembrou que seu pai não era assim antigamente, mas que o assassinato da sua mãe havia feito ele mudar muito.
Assassinato? Sim, explicou a amiga, ela havia sido assassinada na cidade enquanto lia a Bíblia na praça. O governo hava proíbido qualquer manifestação cristã e qualquer igreja de operar.
Isso fez com a menina descobrisse o motivo da crueldade do seu pai. Mas ele jamais entenderia que ela estava disposta a morrer por Cristo, da mesma maneira que a sua mãe.
Ela precisava sair dali. Logo seu pai descobriria seu paradeiro. A amiga conseguiu para ela uma carona até a cidade, só que ela deveria ficar escondida. Os empregados do seu pai deveriam estar procurando ela por toda a parte.
Antes de sair, deixou uma carta para a amiga levar até a sua igreja. Eles estariam correndo risco agora.